quarta-feira, 16 de maio de 2012

Paraísos artificiais: gererê gererê.

Estive no Rio de Janeiro no último feriado e por lá sofri uma lavagem cerebral com o trailer a seguir.


Primeira impressão: 'É um filme no mínimo intenso, com todas essas insanidades pirofágicas e batidas eletrônicas. Lógico que gastaria um pouco do meu tempo vendo isso, levando em consideração que temos como protagonista a maravilhosa Nathália Dill. Eu realmente não perderia a chance de vê-la fora do papel meloso de Débora.' (lol)


Que tipo de pessoa espera um filme descente com um cartaz assim?
Quando saí da sala do cinema, fiquei mastigando a estória sem chegar a uma conclusão exata. O filme me deixou com algumas interrogações, desses que você se pergunta se realmente gostou ou não. 
A produção é de tirar o fôlego, gostei muito dos lances de câmera e a fotografia em si. Além de a trama acontecer parcialmente em Amsterdã e Shangri-la, lugares maravilhosos. O figurino é incrível, a trilha sonora é perfeitamente adequada e adorei os personagens caricatos que fazem pequenas intervenções. Frases de efeito, sabe?
Mas é claro que um filme não é feito unicamente desses detalhes mencionados. O roteiro em si é meio confuso, meio óbvio, meio vazio. Algumas coisas ficam nas entrelinhas demais e o principal 'mistério' é desvendado rapidamente, logo no início.
Também não sei se devo interpretar o apelo sexual que envolve a trama do início ao fim como uma tentativa de intensificar as sensações de quem vive o boom da música eletrônica & raves ou como uma forma alternativa de prender o telespectador. Em ambos os casos, são objetivos meio embaçados, na minha opinião. Achei excessivamente trágico o desfecho da história dos protagonistas, o que me soou até um pouco paradoxal – visto que a parte cool das drogas é tão enfatizada.
Me arrancou algumas lágrimas, me fez colocar a mão inteira dentro da boca de nervosismo e me deixou completamente constrangida em alguns momentos (não é todo dia que se vê uma cena de ménage a troa ao lado de sua mãe numa sala de cinema).
Não me deu tanta vontade de usar drogas quanto Strokes ou Across the Universe, mas até que o filme vale o ingresso pela produção e atuação da Nathália Dill. Daria umas duas estrelas e meia.
Só digo: não vá assisti-lo em um domingo/feriado - você pode se arrepender por pagar mais para ver um semi-porn bem produzido.
E ah, não o assista ao lado de seus pais. heh
See you later, aligator.

(PS: Sim, aquele gererê gererê no título está diretamente relacionado àquela brincadeirinha de rimas que prende qualquer um por horas AEHUAEHU)

Um comentário:

  1. Poxa.Não existe nada mais constrangedor do que assistir junto aos seus pais, sem querer, algo desse gênero aí. E do jeito que eu escolho filmes sem nem sequer ler sinopse... ia ser tenso. Agora vou me certificar de ler sinopses dos filmes q eu for ver

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